Cada vez mais os estudantes perdem vagas de estágios devido à ortografia. É o que mostra os dados de uma pesquisa divulgada pelo Núcleo Brasileiro de Estágios a qual apontou que 40% dos candidatos a uma vaga de estágio são reprovados devido à deficiência na língua portuguesa. A forma como os estudantes se comunicam na internet, com abreviações incorretas e descuidadas é o principal responsável para o crescente número de erros ortográficos.
Algumas medidas são realizadas para minimizar os casos e fazer com que os jovens escrevam de forma correta e se interessem pelo assunto. Algumas escolas já adotam o sistema de desconto para erros de português praticados em provas e trabalhos. Dessa forma, a cada erro, alguns décimos são descontados da nota final a cada erro de português.
A professora de português Eneida Pires Cerqueira de uma escola de Itapetininga, interior de São Paulo, conta que também estipulou que cada aluno do ensino médio deve ler até 10 livros por mês para melhorar sua escrita. “Foi combinado entre os professores de descontar pontos a cada erro de português, e ajuda bastante. Eles se preocupam mais, então tem funcionado e ajudado bastante”, explica a professora.
Os erros mais comuns, além das abreviações ocorrem com o uso de algumas letras, como por exemplo: começar escrito com dois “s”, usar “ç”, ao invés do “c” às vezes com “s”, além de concentração com “s” no lugar de “c” e opinião com “nh” e a troca do “f” pelo “v”, da letra “d” pela letra “t” e tantos outros.
Os alunos reconhecem o erro e alguns chegam a realizar um estudo mais intensivo, principalmente aqueles que estão se preparando para o ENEM e o vestibular. A aluna Beatriz Prince Guerreiro disse “procuro não ficar muito vidrada em celular, notebook ou em outros tipos de aparelhos. Procuro ler bastante, prestar atenção na maneira com que falo e escrevo para não cometer erros”.
Por Robson Quirino de Moraes